Macaco Bong, o pedreiro independente

Nesse momento a banda já trabalhava com produção independente no Instituto Cultual Espaço Cubo, o que resultou – através de um blog onde fazia uma crítica ao Festival Calango – conhecer o futuro baixista Ney Hugo, que se integrou na equipe de comunicação do instituto e passou a cuidar dos veículos mídiáticos da banda. A partir desse ponto a formação estava completa e só em 2006 os três foram convidados para tocar em 12 Festivais Independentes nas cinco regiões do país, levando consigo a crescente cena de Cuiabá e a tecnologia que era implantada aqui, que cada vez mais era reconhecida por seu constante avanço tecnológico quanto a produção cultural empreitada pelo Espaço Cubo, que já promovia festivais como o Calango, Grito Rock, Semana da Música e ações durante todo o ano de fomento à cultura independente.
E o independente foi se expandindo
No cenário brasileiro o projeto Circuito Fora do Eixo tomava forma e corpo, fazendo com que bandas independentes avançassem ainda mais em boa parte da fatia do mercado fonográfico. O público e as ações ligadas em rede começaram a se expandir e mais festivais apareceram. Iniciativas com o cunho independente (coletivos, grupos de discussões, produtoras) foram aparecendo do Nordeste até o Sul do país, já nascendo com a informação ligada em rede entre os Estados. Com essas transformações e pela expansão do novo Circuito outras novas entidades surgiram como a Abrafin – Associação Brasileira de Festivais Independentes, que como principal ação articulou os festivais independentes num calendário único e anual, desse esquema deu-se início a um diálogo com a petrolífera Petrobrás, que em junho de 2007 lançou um edital para festivais independentes, destinando 2,5 milhões de reais como verba para os independentes, firmando 2008 como o ano do avanço dos festivais pelo Brasil. O campo se tornou fértil para bandas de diferentes segmentos circularem o país, de repente bandas de Ska, Rockabilly, pop, Instrumental e outras vertentes tiveram mais espaço, logo porque cada vez mais os festivais procuravam o conceito independente – simples e plural – e desse modos operandis muita coisa ainda aconteceu.
O Álbum Virtual

Gravado durante uma semana no Estúdio RockLab, em Goiânia, O Artista Igual Pedreiro saiu com 10 faixas, incluindo músicas já conhecidas como Bananas For You All e Blacks Fuck, que foram somas às experimentais Vamosdahmaisuma e Compasso em Ferrovia. A produção foi assinada por Gustavo Vasquez, baixista do MQN (GO), e lançado em formato físico pela Monstro Discos, que faz a distribuição nacional, Fora do Eixo Discos e com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Cuiabá. Através da nova aposta da gravadora Trama, o projeto Álbum Virtual (que lançou o último do Tom Zé e já anunciou artistas como Ed Mota, Elis Regina e Cansei de Ser Sexy) foi disponibilizado gratuitamente para download o disco na íntegra - que pode ser baixado aqui. Esse projeto representa a evolução do independente no mercado brasileiro pela sua forma de distribuição, levando em conta o declínio de grandes e médias gravadoras. O título foi escolhido pelo conceito proposto pela banda de como funciona o mundo da música hoje, “se um cara não trabalha diariamente por sua banda, ralando como um pedreiro para elaborar formas dela se vascularizar, dificilmente seu projeto vai sobreviver ao mercado tão transitório e suscetível á mudanças com é o da música hoje” diz Ney Hugo, baixista.
Conheça mais sobre o Macaco Bong:
www.myspace.com/macacobong
www.espacocubo.blogspor.com.br
www.foradoeixo.org.br
Conheça mais sobre o Macaco Bong:
www.myspace.com/macacobong
www.espacocubo.blogspor.com.br
www.foradoeixo.org.br
Foto Ranato Reis
texto Dewis Caldas
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